Kadokawa fala sobre sua expansão internacional e o sucesso do Isekai no exterior

Durante o seminário ”Kadokawa Anime’s Overseas Business Strategy: Case of Isekai and Future Prospects”, realizado durante a TIFFCOM, o diretor executivo da Kadokawa, Takeshi Kikuchi, e o gerente geral do Grupo de Animação, Seiji Kiyohara, compartilharam suas opiniões sobre o estado atual da estratégia de negócios da empresa em relação aos animes e como pretendem expandir ainda mais seus negócios no exterior.

Confira abaixo alguns dos comentários destacados pelo pessoal da Kadokawa:

A estratégia da Kadokawa para manter o sucesso de uma obra

No Japão, a Kadokawa trabalha de acordo com uma formula simples de sucesso, o chamado multimídia, em que as light novels são adaptadas em diversas mídias, como anime ou mangá, a fim de estender o ciclo de vida de uma obra. Quando uma existe uma ”lacuna” no desenvolvimento de uma adaptação em anime, a empresa costuma manter uma franquia relevante introduzindo outras formas de mídia. Como exemplo disso, o seminário mencionou o anime Re: Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu (Re: ZERO – Starting Life in Another World) e a ideia de produzir o anime crossover Isekai Quartet durante o intervalo entre a primeira e segunda temporada.

A principal vantagem da Kadokawa é a possibilidade de administrar tudo à vontade, desde o planejamento até a promoção ou o lançamento do título, sem esquecer do streaming, música, licenciamento no exterior e assim por diante. No entanto, a empresa japonesa descobriu que esse tipo de estratégia não funciona tão bem no exterior. Por esta razão, a Kadokawa dedicou os últimos três anos a estudar uma solução para aperfeiçoar as estratégias de marketing no Ocidente.

Isekai como uma fonte de crescimento

A Kadokawa apontou o gênero Isekai como uma importante fonte de crescimento na última década. A empresa atribui o impacto e a popularidade deste gênero a séries como Konosuba, Re: Zero, Overlord, Youjo Senki (The Saga of Tanya the Evil) e Tate no Yuusha no Nariagari (The Rising of the Shield Hero). De acordo com a empresa, os títulos mencionados são denominados como ”trabalhos pioneiros” nesta estratégia de negócios.

Esses tipos de obras são muito populares fora do Japão, de acordo com Seiji Kiyohara. Portanto, obras do gênero Isekai podem ser o ponto de partida para as operações da Kadokawa no exterior. A empresa tem sido capaz de lançar suas produções animadas simultaneamente em todo o mundo, mas também gostaria de comercializar suas outras formas de mídia, como livros, de forma mais eficaz.

Parceria com a Crunchyroll e o sucesso de Kumo Desu ga, Nani ka? (So I’m a Spider, So What?) no exterior

A colaboração com a Crunchyroll foi apontada pela Kadokawa como uma das parceiras de maior sucesso. O exemplo disso é o anime Kumo Desu ga, Nani ka? (So I’m a Spider, So What?), uma co-produção com a plataforma de streaming que, de acordo com as suas previsões, poderia ter feito mais sucesso no exterior. Os números teriam sido impressionantes, pois o anime foi um dos cinco títulos mais populares da Crunchyroll durante a transmissão. A série também recebeu mais de 340 milhões de visualizações na Ásia e está no top 10 da plataforma chinesa Bilibili na categoria Animação Japonesa.

De acordo com Kiyohara, a comercialização de Kumo Desu ga, Nani ka? foi bem-sucedida porque conseguiram encontrar uma forma de atender facilmente a todas as solicitações dos detentores de licença no exterior. Isso inclui a permissão para postar informações sobre o título ao mesmo tempo que no Japão, acesso e liberdade de uso de material visual, rapidez na aprovação, comunicação com a equipe de produção, entre outros.

A importância do mercado exterior para Kadokawa

Para Kadokawa, facilitar esse nível de liberdade foi uma grande mudança na colaboração internacional. Por meio dessas experiências, Kiyohara disse que aprendeu novas estratégias de marketing e agora tem um melhor entendimento de como trabalhar com o público estrangeiro. Apesar da mudança nas regulamentações na China e das circunstâncias em torno da COVID-19, Kiyohara pretende expandir ainda mais as comunicações com países estrangeiros, trazendo mais conteúdo e confiando que a empresa será capaz de entregar 40 animes no próximo ano fiscal. Ele acrescentou que o exterior não é mais apenas um slogan, mas algo que eles estão realmente trabalhando.

Fonte: ANN

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